sexta-feira, 10 de maio de 2013

Situação de aprendizagem do relato de Dik Browne

A personagem Hagar aos olhos de seu criador, Dik Browne

No princípio

Um grande historiador certa vez disse que a história é como um impetuoso rio de sangue trançando a sua rota através dos séculos. Mas, nas margens, famílias fazem coisas corriqueiras – criam filhos, pagam contas, fazem amor, jogam dados, enfim... É algo parecido que sinto em relação ao Hagar, o Horrível. Ele é um viking e deus sabe que ele é um bárbaro, mas também um homem caseiro, um marido amoroso e um pai devotado.
E é também um homem de negócios... acontece que seus negócios são saque e pilhagem – e outra coisa... ele se esforça. Vejam sua aparência – que algumas pessoas dizem que ele tirou de mim. Ele era um patife mal-encarado quando eu o desenhei pela primeira vez. Hoje tem uma aparência muito mais agradável, apesar de não ter sido fácil torná-lo assim.
E aí existe o problema da conduta. Num dos primeiros quadrinhos Hagar foi visto arrastando uma donzela – um passatempo viking muito característico. minha filha adolescente, Sally, ficou chocada. “isso não tem graça, papai, isso é um crime!”
Bem, aquela foi a última vez que Hagar arrastou uma donzela. É claro que ainda existem arestas a serem aparadas (sem falar em chifres). O negócio de saque e pilhagem tende a provocar um comportamento agressivo, mas geralmente isso é discretamente deixado fora de cena. Embora um viking totalmente comedido deva ser incrível de uma certa maneira, Hagar melhorou muito e agora limita os seus traguinhos a um ou dois barris ocasionais.
Eu me pergunto por que ele é chamado “O Horrível”. Quando nos encontramos pela primeira vez, doze anos atrás, no porão da minha casa em Wilton, eu não esperava tanto de Hagar. Eu ainda estou surpreendido com seu sucesso. deve ter por aí muito mais vikings do que eu suspeitava. recebo montes de correspondências de mulheres que têm um Hagar como pai, marido ou namorado... a elas eu envio o meu profundo respeito e minhas condolências.
Enfim, ele é um homem comum fazendo o melhor que pode num mundo que não criou.

BROWNE, DIK. O melhor de Hagar, o Horrível. vol 3. Porto Alegre: L&Pm, 2006. p. 5-6.

01. ATIVAÇÃO DE CONHECIMENTOS DE MUNDO

 
Você conhece a personagem Hagar? Como ele é fisicamente? Quais são seus hábitos? De onde você o conhece?

02. LOCALIZAÇÃO OU CÓPIA DE INFORMAÇÕES

O texto enumera uma série de características de Hagar, bem como de atos. Entre esses itens, o que condiz com a nossa realidade?

03. PRODUÇÃO DE INFERÊNCIAS LOCAIS E GLOBAIS


O autor Dik Browne relata no texto ter “encontrado” com Hagar (5º parágrafo). Responda:
a) Quando e onde isso aconteceu?
b) O que significa, na verdade, esse “encontro”?

04. RECUPERAÇÃO DO CONTEXTO DE PRODUÇÃO

 Qual é o principal suporte dos textos de Vik Browne? Qual a finalidade desses textos? A que tipo de público destinam-se?

05. PERCEPÇÃO DAS RELAÇÕES DE INTERTEXTUALIDADE OU INTERDISCURSIVIDADE


 A filha de Dik Browne se assusta ao ver a personagem Hagar arrastando uma mulher pelos cabelos. Com base nessa passagem, responda:
a) Você já viu filmes, leu histórias ou já encontrou com essa cena (ou similar) alguma vez? Em caso positivo, relate.
b) O que aconteceria com Hagar se ele mantivesse o comportamento com as mulheres nos dias atuais?

06. ELABORAÇÃO DE APRECIAÇÕES RELATIVAS A VALORES ÉTICOS E/OU POLÍTICOS

A filha qualifica a atitude de Hagar como um “crime”. Isso é condizente com a nossa realidade? Explique.

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